Lula rebate críticas sobre investimento de R$ 1,5 bi em trecho da Via Dutra

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, rebateu as críticas em relação ao recurso destinado às obras de um trecho da Rodovia Presidente Dutra - que conecta São Paulo e Rio de Janeiro - e que, segundo o governo, soma R$ 1,5 bilhão. Segundo o petista, a justificativa do investimento não é medida pelo tamanho, mas pela qualidade do serviço que vai ser prestado à sociedade.

"Muita gente que não conhece pode dizer: Poxa vida, gastar R$ 1,5 bilhão para cuidar de oito quilômetros de estrada, esses portugueses são caros. Não. É porque, quando você pega uma obra dessa, você não mede ela pelo tamanho. A importância dela não é o tamanho, é a qualidade do serviço que ela vai prestar para a sociedade, caminhoneiros, carros, cargas", disse Lula, durante visita a obras da Rodovia Presidente Dutra, na Serra das Araras (RJ), nesta terça-feira, 15.

As novas pistas ocupam uma distância de 16 quilômetros, segundo o governo federal, com quatro faixas por sentido, acostamento e uma faixa de segurança, além de duas rampas de escape.

Atualmente, segundo a gestão, estão em andamento obras de construção de novas contenções, fundação de viadutos, drenagens, além da construção do canteiro industrial e de novos caminhos de serviço. Os trabalhos tiveram início em abril de 2024 e estão 25% concluídos.

Lula comentou que o Brasil se transformou em país de obras paradas e fez críticas às gestões federais que vieram após o impeachment de Dilma Rousseff. "Essa irresponsabilidade administrativa não vai mais acontecer", afirmou. "A gente precisa chegar à conclusão de que este país não pode mais passar um século sendo tratado como o país do futuro."

Ele, ainda, ponderou que "nem sempre projetos andam com rapidez que a gente queria".

O chefe do Executivo disse querer que o Brasil deixe de ser "eternamente um país pequeno, pobre, e se transforme em um país rico, em que as pessoas tenham poder de classe média".

Segundo Lula, não haverá possibilidade de o Brasil ser competitivo do ponto de vista internacional se não houver capacidade de facilitar o escoamento da produção nacional.

Ao final de seu discurso, o presidente ouviu um policial ferroviário, que se levantou da plateia para falar com ele. Após isso, o petista disse que o Brasil não precisa apenas de rodovia, mas de ferrovia também. "É preciso que tenhamos transporte mais limpo, ferroviário e rodoviário", afirmou. "Essa combinação intermodal é o que vai permitir que o Brasil dê salto de qualidade."