Confiança do Consumidor sobe pelo segundo mês consecutivo
Segundo estudo do FGV IBRE, melhora da confiança foi influenciada pelas expectativas para os próximos meses.
Segundo estudo do FGV IBRE, melhora da confiança foi influenciada pelas expectativas para os próximos meses. (Foto: Unsplash)
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE subiu 1,9 ponto em abril, para 93,2 pontos, retornando ao nível de dezembro de 2023 (93,2 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice avança em 0,8 ponto, para 91,4 pontos, após seis quedas consecutivas.
“A melhora da confiança no mês foi influenciada, principalmente, pelas expectativas para os próximos meses, enquanto a percepção sobre a situação atual ficou praticamente constante entre março e abril. Entre as faixas de renda, a alta da confiança ocorreu nas faixas mais baixas, com maior magnitude na faixa 1 (renda de até R$ 2.100,00). A segunda alta consecutiva sugere uma possível reversão da desaceleração iniciada no último trimestre do ano passado, com o indicador de situação financeira futura sendo o principal impulsionador dessa melhora. No entanto, com as limitações financeiras que muitas famílias enfrentam, ainda é cedo para confirmar uma tendência mais clara de recuperação da confiança nos próximos meses”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
Em abril, a alta da confiança foi influenciada pelas expectativas em relação aos próximos meses enquanto nas avaliações sobre o momento atual ocorreu ligeira queda. O Índice de Expectativas (IE) avançou em 3,1 pontos, para 102,2 pontos, maior nível desde dezembro de 2023 (102,5 pontos). No sentido oposto, o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 0,1 ponto, para 80,6 pontos, após duas altas consecutivas.
Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mede as perspectivas para as finanças futuras das famílias foi novamente o que apresentou a maior contribuição para a alta da confiança no mês ao avançar 5,4 pontos, para 106,2 pontos, atingindo o maior nível desde agosto de 2023 (107,5 pontos). A alta também foi observada no indicador que mede as perspectivas sobre a situação futura da economia, que subiu 2,4 pontos, para 113,0 pontos, e no ímpeto de compras de bens duráveis que apresentou alta de 1,3 ponto, para 87,1 pontos, após forte queda no mês anterior.
A ligeira queda nas avaliações sobre o momento foi influenciada pela percepção sobre as finanças pessoais das famílias, com queda de 0,7 ponto, para 69,2 pontos. No sentido contrário, a avaliação sobre a economia local subiu pelo segundo mês consecutivo, agora em 0,5 ponto, para 92,3 pontos.