Cargill dobra investimento e aumenta operação no Brasil
Empresa reafirma compromisso com o País com aporte de 2,6 bi em 2023.
Paulo Sousa, presidente da Cargill no Brasil. (Foto: Divulgação/Cargill)
A Cargill fez um investimento recorde no Brasil: só em 2023, o volume aplicado pela empresa atingiu R$ 2,6 bilhões, número 116% maior do que o ano anterior. A atuação da Cargill tem sido marcada por conectar aqueles que cultivam e produzem alimentos com quem comercializa e consome em todo o mundo. O investimento para fazer isso acontecer no Brasil, país onde a empresa atua desde 1965, passou dos R$ 6,9 bilhões nos últimos 5 anos.
Em 2023, ano marcado por uma supersafra de grãos, a receita operacional líquida da empresa no Brasil alcançou R$ 126,4 bilhões, mais um resultado recorde e ligeiramente maior do que o ano anterior quando a receita foi de R$ 125,8 bilhões. O lucro da Cargill no ano foi de R$ 2,5 bilhões, um aumento de 101% em relação ao lucro líquido do ano de 2022 (havia sido R$ 1,2 bilhão).
O volume total originado, processado e comercializado pela Cargill também cresceu para cerca de 51 milhões de toneladas, o que reforça a importância do Brasil como um dos principais produtores de alimentos do mundo.
“O último ano foi marcado pelo nosso crescimento no País”, celebra Paulo Sousa, presidente da Cargill no Brasil. “Para podermos atender nossos clientes, tanto o produtor rural quanto os clientes de demanda, seguimos investindo na eficiência das operações existentes, além de concluir uma importante aquisição, que permitiu aumentar nossa capacidade de produção de farelo, óleo e biocombustíveis, além de ingressar em alguns novos segmentos de mercado”, explica Sousa.
Patrimônio em números
A Cargill vem ampliando sua operação no Brasil nestes últimos 59 anos: são 29 fábricas, 75 armazéns, 7 terminais portuários, 2 centros de inovação, 1 centro de serviços compartilhados, 5 centros de distribuição, 14 escritórios comerciais e 4 escritórios corporativos.
Em 2023, a empresa concluiu a aquisição de três plantas de esmagamento de soja e produção de biodiesel em Anápolis (GO), Porto Nacional (TO) e Cachoeira do Sul (RS) e quatro armazéns localizados em Silvânia (GO), Porto Nacional, Marianópolis e Figueirópolis (TO).
O número que tem permitido a missão da empresa se tornar realidade é o total de profissionais que fazem parte do time da Cargill. Hoje, a Cargill conta com 13 mil profissionais em 15 estados e no Distrito Federal onde a empresa possui operação no Brasil.
Novidades dos negócios
Para o negócio agrícola da Cargill, a supersafra 22/23 e recuperação da quebra da safra anterior trouxeram bons números para a operação brasileira. Além disso, houve maior demanda da China e estabilização dos custos de matéria-prima.
Em sua divisão de Food Solutions, o destaque foi o lançamento dos adoçantes para consumidor final e B2B, com a chegada da Truvia, EverSweet® e ViaTech® ao Brasil. Os lançamentos marcaram a entrada da empresa no mercado nacional de adoçantes.
A família Elefante cresceu com o extrato de tomate na versão Cebola & Alho em uma nova embalagem plástica reutilizável de 300 gramas chegando aos pontos de venda. O chocolate Genuine, destinado ao mercado B2B, ganhou a versão Dark 65%. As novidades atendem aos novos perfis de consumo no Brasil e no mundo.
Em Nutrição Animal, a empresa se consolidou como um importante player em suplementação de pastagens para bovinos de corte e nutrição animal jovem. O ano foi marcado pelo avanço do portfólio de serviços e inovação, com destaque para o CattleView®, serviço que une Inteligência Artificial e monitoramento do gado para aumentar os índices de Bem-Estar Animal com uso de drones, além do lançamento do AgriWebb, software de gestão da pecuária a pasto inédito no Brasil.
Sustentabilidade de ponta a ponta
O Brasil foi escolhido para a viagem inaugural do navio Pyxis Ocean, fretado pela Cargill e movido com ajuda da força do vento. Em setembro, o porto de Paranaguá, no Paraná, recebeu a embarcação que, com duas velas de 37,5 metros de altura, inaugura um sistema de propulsão eólica de ponta na navegação comercial e pode reduzir as emissões de carbono do transporte marítimo em até 30%.
O 3S, programa de melhoria contínua da Cargill voltado para sustentabilidade de fazendas, registrou o aumento do volume de soja certificada no Brasil. Além disso, concluiu a validação da certificação 3S no Nível Prata do sistema FSA 3.0 da Plataforma SAI (Sustainable Agriculture Initiative Platform).
A Cargill também investiu no Regenera Cerrado, estudo que reúne mais de 30 cientistas para investigar os benefícios das práticas agrícolas regenerativas no bioma Cerrado, e aderiu ao Programa Soja Baixo Carbono (PSBC), liderado pela Embrapa Soja, com o apoio de outras empresas do setor com o objetivo de estabelecer um protocolo de certificação para a soja de baixo carbono.
A empresa selou, ainda, uma parceria com a Belterra para aumentar a produção de cacau com a restauração de áreas degradadas no Mato Grosso. A iniciativa promove sistemas agroflorestais e plantio de quase um milhão de mudas de cacau e outras culturas. Ainda no segmento de cacau, a empresa contribuiu com o projeto Mulheres do Alto Xingú, uma iniciativa em parceria com o Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), por meio do programa Florestas de Valor e a cooperativa Camppax para cerca de 50 empreendedoras no Pará.
Com o programa Ação Renove o Meio Ambiente, da marca Liza, a empresa reciclou 2 milhões e 700 mil litros de óleo de cozinha usados. Desde 2010, já foram coletados e transformados mais de 11,8 milhões de litros de óleo usado em todo o território nacional.
A empresa atualizou a embalagem do extrato de tomate Elefante e, com isso, reduziu em 6% o impacto ambiental e 18% as emissões de CO2 no ciclo de vida do produto, se comparado a versão lata. Dessa forma, é possível ter uma redução de 6.800 toneladas de gás carbônico em um ano de produção de extrato de tomate.
Para o investimento social 2023 também foi um ano muito importante: a Fundação Cargill celebrou 50 anos de atuação no País. A entidade tem como objetivo promover a prosperidade das comunidades, fortalecendo sistemas alimentares seguros, sustentáveis e acessíveis. Somente no último ano investimos por meio da Fundação mais de R$ 4,4 milhões, apoiando 35 projetos, 14 equipes do Enactus e com a importante ajuda dos mais de 1.800 funcionários voluntários que atuam em certa de 100 comitês. Todo esse empenho envolveu mais de 5.600 horas de trabalho voluntário e mais de 117 mil pessoas beneficiadas diretamente.