'Não haverá tecnologia que supere a emoção de um espetáculo ao vivo', diz João Carlos Martins em Barueri
Seminário LIDE Arte, Cultura e Entretenimento reuniu lideranças culturais e empresariais em Barueri para debater inovação, impacto econômico e criatividade no setor.
Maestro João Carlos Martins, ressalta sobre o poder da experiência presencial na cultura. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
O maestro João Carlos Martins foi um dos principais destaques do Seminário LIDE Arte, Cultura e Entretenimento, realizado na manhã desta quinta-feira (25), em Barueri. Ele ressaltou o caráter insubstituível da experiência presencial diante do avanço da tecnologia. “Não haverá tecnologia que supere a emoção de um espetáculo ao vivo. O espetáculo é a química entre público e artista, e essa experiência é única”, afirmou.
Martins destacou ainda que o valor da cultura está na capacidade de gerar pertencimento e transformação social. “Cada concerto é diferente porque depende dessa troca de energia. É isso que forma plateias, inspira jovens e mantém viva a alma de um país”, disse, ao defender o papel da música na formação de novos talentos.
O maestro Roberto Minczuk falou sobre a necessidade de aproximar as gerações mais jovens da arte. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Também presente ao encontro, o maestro Roberto Minczuk reforçou a relevância da música erudita e da cultura para a formação de novas plateias, ressaltando a necessidade de aproximar as gerações mais jovens da arte. Sua participação reforçou a visão de que a cultura deve ser tratada como investimento de longo prazo.
O produtor cultural, Luiz Calainho, reforçou a importância da cultura como negócio. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
O produtor cultural Luiz Calainho reforçou a dimensão econômica do setor. “Arte, cultura e entretenimento são diversão, prazer e alma, mas também são negócio. Eles representam aproximadamente 3% do PIB brasileiro, o que é mais do que muitos segmentos da economia”, afirmou. Ele citou a reinauguração do Teatro Alfa, em São Paulo, com investimento de R$ 12 milhões, como exemplo da vitalidade do setor.
Ex-secretária de Cultura de São Paulo, Aline Torres, defendeu a relevância da economia criativa para o mercado de trabalho. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
A ex-secretária de Cultura de São Paulo, Aline Torres, reforçou o peso da economia criativa para o mercado de trabalho. “A economia criativa é a grande geradora de empregos para os jovens. Em 2020, o setor movimentou R$ 230 bilhões, equivalentes a 3% do PIB, e já responde por 7,4 milhões de postos formais e informais”, disse.
O secretário de Cultura e Turismo de Barueri, Jean Gaspar, ressaltou o papel da criatividade em tempos de transformação digital. “A arte e a cultura são o grande norteador para despertar algo que é muito humano, chamado criatividade. E isso nenhuma máquina vai nos dar”, afirmou.