Ibaneis Rocha afirma que regularização fundiária no DF já alcançou 1,8 mil propriedades rurais em menos de um ano
Governador diz que empresa criada para organizar a situação das terras rurais deve concluir a regularização até 2026 e cita avanços econômicos do agro no Distrito Federal.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirmou durante o 5º Brasília Summit, nesta quarta-feira (3), que o governo já regularizou 1.800 propriedades rurais em menos de um ano de operação da empresa criada para resolver pendências fundiárias no campo. Segundo ele, a meta é concluir todo o processo até o fim de 2026.
Rocha explicou que Brasília convive há décadas com um “quadro fundiário complicado”, citando produtores que chegaram ao DF ainda na construção da capital e que, passados mais de 60 anos, não possuíam documentos das áreas onde produziam. “Isso inviabilizava totalmente os financiamentos”, disse. Segundo o governador, muitos agricultores precisavam comprar terras em outros estados para conseguir crédito destinado às lavouras instaladas no próprio Distrito Federal.
Ele afirmou que a solução adotada foi a criação, dentro da Terracap, de uma empresa subsidiária inspirada em modelo usado no Mato Grosso. O novo órgão, em parceria com a Secretaria de Agricultura e a Emater, cadastrou todos os produtores rurais do DF e passou a emitir títulos de concessão, escrituras públicas e realizar leilões para venda definitiva das áreas. “Trouxemos pacificação para o campo”, declarou.
Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Rocha destacou que a empresa foi criada com prazo determinado e deve ser encerrada ao final de 2026, após concluir a regularização total das áreas rurais. Ele ressaltou ainda a participação da Câmara Legislativa do DF na elaboração da legislação que permitiu o avanço do processo.
O governador citou indicadores de atividade econômica no setor agropecuário brasiliense. Segundo ele, a Agrobrasília — feira anual realizada no DF — ficou em quarto lugar no país em volume de vendas de equipamentos agrícolas no último ano, movimentando mais de R$ 4 bilhões em três dias. Ele mencionou também iniciativas como a rota do queijo e a rota do vinho, afirmando que produtores locais têm participado de competições internacionais.
Ao encerrar a fala, disse que pretende seguir participando de eventos promovidos pelo LIDE e reforçou que as atividades rurais do Distrito Federal precisam ganhar maior visibilidade. “Muitas vezes só se enxerga Brasília pela Esplanada dos Ministérios, mas tem muita coisa acontecendo”, afirmou.